Segundo Huizinga (1995) o jogo pode ser considerado como uma atividade livre, conscientemente tomada como “não-séria” e exterior à vida habitual, mas ao mesmo tempo capaz de absorver o jogador de maneira intensa e total. É uma atividade desligada de todo e qualquer interesse material, com a qual não se pode obter lucro, praticada dentro de limites espaciais e temporais próprios, segundo uma certa ordem e certas regras. Promove a formação de grupos sociais com tendências a rodearem-se de segredo e a sublinharem sua diferença em relação ao resto do mundo por meio de disfarces ou outros meios semelhantes.
Dando prosseguimento no calendário das atividades, foi elaborada a avaliação “Jogo Colonial”, que devido aos problemas com o cronograma de
horários dos discentes só pôde ser aplicada com o 2º ano “A”, devido aos
problemas físicos, enfrentados pela escola, no caso a falta de refrigeração, as
aulas estão restritas ao turno da manhã, o que acarreta em uma carga horária
livre ínfima. As tardes também foram utilizadas pelos docentes para serem
realizados trabalhos, seminários, palestras. Desta forma, a avaliação-jogo só
foi vivenciada pelo 2° ano “A”, pois o professor supervisor dispunha de duas
aulas geminadas, sendo possível a sua aplicação.
Equipe Erem Porto Digital junto ao grupo vencedor da atividade proposta.
O objetivo era observar as
dificuldades apresentadas pelos alunos, instigar a cooperação entre os mesmos e
realizar de forma lúdica o processo de aprendizagem dos discentes. Para que
ocorresse a atividade, foi necessário elaborar os questionamentos que seriam
levantados para os alunos, as regras e funcionamento do jogo. Para que o mesmo
pudesse ter sido executado se fez necessário a explanação prévia dos conteúdos
sobre Brasil Colônia. Os materiais utilizados foram: cones, cartazes de
identificação, confecção das cartas coringas e das perguntas.
Os alunos ficaram bastante entusiasmados com o jogo, pois
de certa forma, foi uma revisão para os mesmos e ainda assim, notou-se uma
atmosfera de competitividade entre os grupos. Alguns aspectos foram observados
durante a atividade, um deles foi o fato de os alunos conseguirem trabalhar em
grupo, houve um espaço para o debate e para a troca de saberes entre eles.
Outro fator palpitante foi a visualização das dificuldades dos discentes,
percebeu-se que no “contexto político” apresentaram mais dificuldade em
responder os questionamentos, enquanto que no “contexto social” e no “contexto
geográfico” demonstram melhores rendimentos. No que tange ao jogo, percebemos
que ele pode se finalizar de forma rápida, devido às poucas etapas que o
percurso possui, sendo necessário repensar se é preciso outras etapas ou mais
“cartas coringas”.
A aula
jogo, utilizada como avaliação, foi
realizada no pátio da EREM Porto Digital, onde distribuiu-se cones de forma
cíclica para identificar cada etapa, no qual estariam presentes os mediadores
com um cartaz de identificação. Devido aos problemas físicos, enfrentados pela
escola, no caso a falta de refrigeração, as aulas estão restritas ao turno da
manhã, o que acarreta em uma carga
horária livre ínfima. As tardes também foram utilizadas pelos docentes para
serem realizados trabalhos, seminários, palestras. Desta forma, a aula jogo só
foi vivenciada pelo 2° ano “A”, pois o professor supervisor dispunha de duas
aulas geminadas, sendo possível a sua aplicação.
Alunos passando pelas etapas propostas.
Percebeu-se
que os alunos ficaram bastante entusiasmados com o jogo, pois de certa forma,
foi uma revisão para os mesmos e ainda assim, notou-se uma atmosfera de
competitividade entre os grupos. Alguns aspectos foram observados durante a
atividade, um deles foi o fato de os alunos conseguirem trabalhar em grupo,
houve um espaço para o debate e para a troca de saberes entre eles. Outro fator
palpitante foi a visualização das dificuldades dos alunos, percebeu-se que o
“contexto político” foi uma das etapas que os alunos apresentaram mais
dificuldade, enquanto que no contexto social e geográfico, eles demonstram um
bom rendimento. No que tange ao jogo, percebemos que ele pode se finalizar de
forma rápida, devido às poucas etapas que o percurso possui, sendo necessário
repensar se é preciso outras etapas ou mais “cartas coringas”.
Devido
a falta de tempo hábil, buscar-se-á obter por parte dos alunos, o que os mesmos
acharam da aula jogo, do que eles sentiram de positivo e de negativo, para que
dessa forma, possamos realizar um aperfeiçoamento do material.
Para os alunos:
1- Numa turma de 30 alunos, realizar uma divisão
de 5 grupos, contendo 6 integrantes cada;
2- Cada grupo terá um relator, este será
responsável em responder, particularmente, a pergunta feita pelo mediador de
determinada temática;
3-
Para cada etapa, deve-se modificar o relator de forma que todos os integrantes
possam participar;
4- As perguntas são representadas por
números, assim, os alunos escolhem aleatoriamente o número que querem
responder;
5- Os integrantes dos grupos devem
responder de forma contextualizada, abarcando de forma satisfatória o
questionamento;
6- Os alunos devem debater em grupo sobre
a respostas que irão apresentar em um prazo de 2 min;
7- O jogo contém na terceira etapa uma
“carta coringa”, ficando ao critério do grupo utilizá-la ou não, se caso não a
quiserem, avançam para a quarta etapa. Caso optem por utilizá-la têm a chance
de avançar para a quinta etapa, se sortearem a “carta alforria”, ou retroceder
uma etapa, se pegarem a “carta pelourinho”;
8-Na
última etapa, caso o grupo erre o
questionamento, retornam para a quarta etapa;
9- No último estágio existe a
possibilidade do grupo que está mais próximo de vencer, resgatar um outro grupo
para participar com eles da etapa final. Essa opção não é obrigatória;
10- O grupo que terminar primeiro o
circuito vence.
Para os
mediadores:
1- Cada integrante será responsável por um
contexto;
2- Cada mediador avaliará se a resposta
apresentada pelo relator abarca o questionamento satisfatoriamente.
Perguntas do Jogo colonial
Contexto Social
1)
Quais legados a escravidão negra deixou para a sociedade brasileira?
2)
De que forma a sociedade escravocrata vivia? Qual a influência do senhor de
terras tinha sobre a política?
3)
Como você imagina a divisão social da sociedade durante o Brasil Holandês?
4)
O que desencadeou a dizimação indígena? Como o índio era visualizado pelo
branco europeu?
5)
De que forma os negros eram transportados, comercializados e capturados?
Contexto Cultural
1)
Como eram setorizados os engenhos? Explique a finalidade de cada espaço?
2)
De que forma a Igreja Católica atuou para cristianizar os índios?
3)
Quais as heranças culturais que o Brasil Holandês deixou em Pernambuco?
4)
Como era o cotidiano dos escravizados na sociedade açucareira?
5)
Quais os aspectos culturais que o branco europeu trouxe para o Brasil?
Contexto das tensões sociais - Os conflitos
1)
O Brasil colonial foi marcado por inúmeras tensões sociais que tinham como
palco de disputas o estabelecimento do dominador português sobre o nativo da
terra. Desta forma, explique como foi o primeiro contato do português sobre os
índios, as formas de subjugação imposta e as resistências existentes.
2)
Com o intuito de se libertar do domínio holandês ocorreu em Pernambuco a
chamada Batalha dos Guararapes. Explique quais os grupos envolvidos na Batalha
e os motivos que a desencadearam.
3)
Quais conflitos existiam em Pernambuco durante o período da ocupação holandesa?
4)
Que fatores contribuíram para a derrota holandesa em 1624 em Salvador-BA?
5)
Explique a relevância do Quilombo dos Palmares para os negros escravizados e
libertos.
Contexto geográfico
1)
Quais aspectos naturais foram determinantes para o estabelecimento exitoso da
cultura canavieira em Pernambuco e São Vicente?
2)
Quais fatores geográficos possibilitaram o êxito da expansão marítima
portuguesa?
3)
Qual a importância do Rio Capibaribe e do Porto do Recife para desenvolvimento
da economia em Pernambuco?
4)
“Aqui tudo se plantando dá”, o Brasil a “vaca de leite” de Portugal, o que
estas frases indicam sobre o novo mundo?
5)
Como a expansão marítima contribuiu para enriquecimento de Portugal?
Contexto econômico
1)
Por que o pau-brasil foi o primeiro produto extraído e comercializado em grande
escala no Brasil?
2)
Quais fatores econômicos desencadearam a produção econômica do açúcar no
Brasil?
3)
Qual principal produto de comercialização e quais principais polos de produção
em Pernambuco durante o Brasil Holandês?
4)
Por quê optou-se pela mão de obra negra em detrimento da indígena?
5)
Como se caracterizava o mercado interno e externo no Brasil e como estava
caracterizada a propriedade agrícola?
6)
O que ocorreu economicamente com o Brasil após a expulsão dos holandeses?
Contexto Político
1)
Como se estruturou a primeira organização administrativa portuguesa no Brasil?
2)
Retrate a forma como era estruturado o governo de Maurício de Nassau, como era
vista sua administração e quais os motivos para sua instalação no Brasil?
3)
O que foi a união ibérica e quais desdobramentos políticos trouxe para Portugal
e suas colônias?
4)
De que modo a ocupação holandesa no Brasil prejudicava Portugal?
Pátio da EREM Porto Digital foi o local escolhido para a realização da atividade.
Bibliografia
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aspectos da administração colonial: Pernambuco, século XVII. Recife: EDUFPE, 1997.
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– Aspectos da influência da cana sobre a vida e a paisagem do nordeste do
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JÚNIOR, Caio Prado. Evolução Política do Brasil. São Paulo:
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SCHWARTZ, Stuart. Segredos Internos: engenhos e escravos na sociedade colonial.
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VICENTINO,
Claúdio / Giampaolo Dorigo. História
Geral e do Brasil. Vol. 2. São Paulo: Scipione, 2013.