PROGRAMA
INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) – UNIVERSIDADE FEDERAL
DE PERNAMBUCO
Felipe
Fernandes
Jeani
Gomes
Mariana
Nogueira
Messias
Martins
Márjorie
Pires
Professor
Supervisor: José Alexandre da Silva
Série alvo: 2º ano – Ensino Médio.
Objetivos
Específicos:
Conceituais:
Reconhecer os
estereótipos e as imagens formadoras da cultura do homem do Sertão Nordestino
brasileiro.
Procedimentais/Comportamentais:
Ouvir
e ler músicas que retratam o imaginário do homem do Sertão.
Afetivos:
Valorizar os aspectos
regionais da história local do homem do Sertão nordestino.
Conteúdos:
·
O Imaginário do homem do Sertão
nordestino;
Momento 1:
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Motivação inicial:
Apresentação de trecho do livro
“Os Sertões” de Euclides da Cunha. Em
seguida levantar o seguinte questionamento: Que imagens e aspectos vocês
atribuem ao homem do Sertão? (15 min)
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Momento 2:
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Expor
o título da aula e os objetivos propostos (2 min).
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Momento 3:
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Apresentar
o conceito de Sertão e os elementos culturais responsáveis pela sua caracterização,
a partir de trechos do filme “O Auto da Compadecida”; “O homem que desafiou o
diabo” e do cordel “Nordeste: aqui é meu lugar”.
Contrapor
o imaginário estereotipado do homem do sertão a partir da leitura da matéria:
“O vaqueiro moderno do
Sertão e a bandeira gay”, vinculada no jornal o Diário de Pernambuco. Na
sequência iniciar um breve debate sobre os textos.
(25
min)
Referências
|
Momento 4:
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Avaliação
de aprendizagem.
(58 min)
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Avaliação:
“ O cordel do novo Sertão”
Ao termino da abordagem do conteúdo
dividimos a turma em 6 grupos de 5 alunos, cada qual ficando responsável pela
elaboração de um cordel que ressalta-se a desconstrução do imaginário estereotipado
do homem do sertão.
Trecho de "Os
Sertões"
O
HOMEM
"O sertanejo é, antes de tudo, um
forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral.
A sua aparência, entretanto, ao primeiro
lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o
desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas.
É desgracioso, desengonçado, torto.
Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos. O andar
sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e sinuoso, aparenta a translação de
membros desarticulados. Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar
de displicência que lhe dá um caráter de humildade deprimente. A pé, quando
parado, recosta-se invariavelmente ao primeiro umbral ou parede que encontra; a
cavalo, se sofreia o animal para trocar duas palavras com um conhecido, cai
logo sobre um dos estribos, descansando sobre a espenda da sela. Caminhando,
mesmo a passo rápido, não traça trajetória retilínea e firme. Avança
celeremente, num bambolear característico, de que parecem ser o traço
geométrico os meandros das trilhas sertanejas. (...)
É o homem permanentemente fatigado."
Trechos extraídos do livro "Os
Sertões".
Cordel:
NORDESTE: AQUI É
MEU LUGAR!
Vou falar do meu lugar
Terra de cabra da peste
Terra de homem valente
Do sertão e do agreste
Terra do mandacaru
Do nosso maracatu
Meu lugar é o Nordeste!
Meu Nordeste tem riquezas
Só encontradas aqui
Sua música, sua dança
Sua gente que sorri
Nosso povo tem bravura
Tem tradição, tem cultura
Da Bahia ao Piauí.
01
A nossa música é linda
Temos coco e embolada
Aboio e banda de pife
Poesia improvisada
Axé, repente, baião
O forró do Gonzagão
Que faz a maior noitada.
Frevo, xote e xaxado
Violeiro, canturia
O martelo agalopado
O cordel e a poesia
O cantador de viola
Fazendo versos na hora
Pra nos trazer alegria.
02
Nossa dança é muito rica
E bastante popular
Tem ciranda, afoxé
Para quem quiser dançar
Bumba-meu-boi, capoeira
Essa dança brasileira
Querida em todo lugar.
Tem baião e tem forró
Pra dançar agarradinho
Tem maracatu, congada
Tem o cavalo-marinho
Festa junina animada
Pra toda rapaziada
Namorar um “bucadinho”.
03
Nossa culinária é rica
Em tradição e sabor
Tem cuscuz, tem macaxeira
Que têm um grande valor
Tem o xinxim de galinha
Rapadura com farinha
Tudo feito com amor.
Do bode tem a buchada
Carne de sol com pirão
O mocotó, a rabada
O bobó de camarão
Bredo no coco, paçoca
Vatapá e tapioca
Venha provar o qu’é bão.
04
Temos doce bem gostoso
Como o Bolo de Fubá
A cocada, a rapadura
O quindim e o mungunzá
Temos Beijinho de coco
Que deixa qualquer um loco
Venha aqui saborear.
As festas do meu Nordeste
Têm alegria e calor
O carnaval de Olinda,
De Recife e Salvador
Em Natal o “Carnatal”
Em Fortaleza o “Fortal”
Micaretas de valor.
05
Quando chega o São João
A "disputa" é pra valer
A "Capital do Forró"
Todos querem conhecer
Caruaru tem beleza
Campina Grande destreza
Para o forró não morrer.
Terra de Alceu Valença
E de Jackson do Pandeiro
Terra de Luís Gonzaga
Esse grande brasileiro
A terra de Elba Ramalho
E também de Zé Ramalho
Famosos no mundo inteiro.
06
A terra de Virgulino
O famoso Lampião
A terra de Vitalino
Rei do barro feito à mão
A terra do “Padim Ciço”
Dos milagres, “dos bendito”
Do poder da oração.
Piauí da Pré-História
Bahia do candomblé
Paraíba das cachaças
Em Sergipe eu boto fé
Pernambuco tem o frevo
Alagoas tem segredo
Vá descobrir o que é.
07
Maranhão é o estado
Pra dançar bumba-meu-boi
Ceará do “Padim Ciço”
Só conhece quem já foi
No Rio Grande do Norte
A cultura é muito forte
Vá! Não deixe pra depois.
Essa terra é muito boa
Dela ninguém me separa
Tem tudo pra se viver
Uma culinária rara
Uma beleza campestre
Só deixo o meu Nordeste
No último pau-de-arara.
Referências:
ALBUQUERQUE JR, Durval Muniz de.
A invenção do Nordeste e outras artes. 4ª ed. Recife: FJN; Ed. Massangana; São
Paulo: Cortez, 2009.
CABRINI, Conceição et al. O que
achamos importante lembrar sobre o ensino da História ou fundamentação teórica
da proposta. IN Ensino de História:
revisão urgente. S. Paulo: EDUC, 2000.
SCHMIDT, M. A. O ENSINO DE HISTÓRIA LOCAL E OS DESAFIOS DAFORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
HISTÓRIA. In: MONTEIRO, A. M. et al. Ensino de História: sujeitos, saberes e práticas. Rio de Janeiro: Mauad,
2007.
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