domingo, 14 de junho de 2015

Entrevista com ex-operária da Companhia de Tecidos Paulista

Seguindo o roteiro de atividades proposto às pessoas monitoras do PIBID da Escola Estadual do Paulista (EEP), as atividades de entrevista são das mais fundamentais para a continuidade do projeto e uma delas foi realizada hoje, dia 13/06/2015, com a ex-operária da Companhia de Tecidos Paulista (CTP) dona Rosália Bezerra, 84 anos. Atualmente moradora do pacato bairro de Paratibe, dona Rosália, sob dificuldades respiratórias e visuais causadas pela trajetória ligada ao trabalho fabril com algodão, nos relatou as marcas que o mundo e as percepções sobre ele inscreveram no seu corpo e na sua memória.
            A entrevista com dona Rosália foi fundamental para compreensão de um panorama geral do período de dominação Lundgren na cidade, uma vez que ela foi operária contemporânea ao auge da produção fabril e à sua desindustrialização, participando ativamente de movimentos de emancipação e reivindicação de direitos. Dona Rosália reconhece a importância dos ventos soprados pelas teorias feministas para sua ação e das suas companheiras nos movimentos e reclama também com ar de riso “desses intelectuais que chegam, falam, falam, prometem um monte de cois
a e depois nem o vídeo mandam pra a gente ver.”.
Como os trabalhos dxs PIBIDs na EEP têm dado enfoque para a história da construção da cidade do Paulista em torno das Fábricas Têxteis – já que todos os bairros da cidade têm uma história direta com tais fábricas e a escola está inserida nas terras que antes eram propriedade da família patronal, os Lundgren, se tornando as primeiras terras completamente livres da cidade do Paulista em meados da década de 50 do século passado graças ao deputado (e posteriormente governador) Antônio Torres Galvão – a coleta de depoimentos de ex-operários da CTP é imprescindível para o alcance do sentido do projeto.



Dona Rosália muito fofa
Cybelle Luciana e Karla Leal na entrevista
Graziella Queiroz na operação de equipamentos
Isabela Tristão na fotografia
Jonathas Duarte na relatoria
Positivistas teriam um aneurisma com a forma que dona Rosália nos recebeu e a troca de ideias que tivemos (risos)


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