quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Primavera Árabe: A Síria e seus países fronteiriços foram tema de discussão e produção de atividades na EREM Trajano de Mendonça


Na segunda-feira (02 de outubro), a Equipe da EREM Trajano de Mendonça do PIBID-HISTÓRIA-UFPE, correspondendo à proposta de realização do projeto Oriente na Escola, 
realizou a aula intitulada “Primavera Árabe: Guerra civil na Síria e suas consequências para a Jordânia e o Líbano”. Na qual os estudantes do 2º ano A e do 2º ano B puderam compreender 

o básico sobre o complexo conflito sírio dentro de um contexto maior de Primavera Árabe e quais são as consequências – em termos de refúgio- para a Jordânia e para o Líbano, países que
 dividem fronteira com a Síria.

Tínhamos como objetivos específicos que os estudantes pudessem estimular sua capacidade de trabalhar coletivamente, além de identificar os motivos do conflito sírio e quais as 
consequências deste conflito, mais especificamente o surgimento da necessidade de refúgio e como este fator afeta direta ou indiretamente a Jordânia e o Líbano, países que tem fronteira com a Síria. Inicialmente, os estudantes foram divididos em pequenos de aproximadamente 5 pessoas,
cada grupo recebeu manchetes de jornais referentes à problemática de um país

específico, podendo ser sobre conflito sírio ou sobre o recebimento de refugiados pela Jordânia e também de algumas medidas sociais e/ou econômicas que lhes foram necessárias tomar 

tendo em vista o crescente número de refugiados em seu território ou os mesmos tópicos temáticos sobre o Líbano. Material comum a todos foi um mapa de partes da região da Península
Arábica, mostrando a localização dos três países.

Logo após a análise por parte dos alunos dos documentos que tinham em mãos, os pibidianos iniciaram uma conversa com estudantes a respeito do que lhes tinha chamado atenção
 nas notícias que tinham em mãos e qual a ligação que eles acreditavam ter entre as diversas manchetes dos diferentes grupos. Assim, o diálogo sobre a guerra na síria e a chegada de 

refugiados aos países fronteiriços foi se desenrolando. Como auxílio para este trabalho, a equipe do PIBID tinha um esquema explicativo no quadro, que incluía o mapa que os estudantes 

tinham em mãos, mas marcado de acordo com o grupo político que dominava a região.


 Quadro com esquema explicativo.

Através do esquema explicativo nós pudemos explicar de forma mais clara, tendo em vista que os meninos e meninas puderam visualizar o que estávamos falando. No quadro,
 estavam discriminados os grupos que participavam da guerra na Síria, assim pudemos deixar claras algumas das motivações do conflito. Pelo mapa, foi possível que os estudantes 

tivessem noção de quais eram os grupos políticos que dominavam as áreas variadas da Síria. Após ter conhecido melhor sobre o interior do conflito, pudemos colocá-lo para os estudantes

 dentro de um contexto maior- o da Primavera Árabe. E a final, como esse conflito afetava os países com os quais tem fronteira, mais especificamente a Jordânia e a Síria. Quais eram os 

impactos econômicos e sociais, se estes realizaram medidas trabalhistas para abrigar essas pessoas. Se havia algum tipo de vantagem no recebimento de tantas pessoas em seu território, etc.

Como avaliação do que foi conversado com os estudantes, lhes foi solicitada a elaboração de um grande cartaz para toda a turma, que podia ser construído com frases do que eles 
haviam entendido, com as manchetes e/ou o mapa que tinham em mãos.

                                  
                        Estudantes do 2ºA elaborando seu cartaz
          
                                Cartaz elaborado pelo 2ºA

Nos cartazes os estudantes puderam colocar suas ideias de forma descontraída, fazendo “chuva de informações”, chamando a atenção para conceitos que lhes 
pareceram importantes, como os de refugiado, sunita, xiita e/ou para os números estatísticos que lhes surpreenderam.


Estudantes do 2º B produzindo seu cartaz

 Cartaz elaborado pelo 2º B

Através da atividade, pudemos constatar que nosso objetivo central foi alcançado, isto é, o de que eles compreendessem a problemática da Primavera árabe, 
mais especificamente a situação da Síria dentro deste contexto e a forma como o embate sírio afeta direta ou indiretamente a Jordânia e o Líbano através da 

recepção de refugiados.










Literatura Árabe Medieval e as questões sobre a mulher muçulmana na EREM Trajano de Mendonça


Na segunda-feira (30 de março), a Equipe da EREM Trajano de Mendonça do PIBID-HISTÓRIA-UFPE,
realizou a aula intitulada “Literatura árabe Medieval: As artimanhas das mulheres” no 2º ano C e do 2º ano E,
através da qual os estudantes puderam perceber outros pontos de vista a respeito da mulher muçulmana.

Para esta aula tínhamos como objetivo que os estudantes do 2º ano de Jardim São Paulo descocassem seu olhar no

que diz respeito ao povo árabe, sua cultura, sua religião e costumes. Dando a estas pessoas voz, inclusive desde o período

medieval, para isso trabalhamos com contos de um autor árabe, que falava de mulheres muçulmanas. Como objetivos
específicos estabelecemos que os discentes pudessem aprimorar sua capacidade de trabalhar coletivamente, que compreendessem
a importância da Sharia, além de estimular sua criatividade para que produzissem um conto que tratasse destas questões.


Como motivação inicial, colocamos projetamos através do Datashow duas imagens de duas mulheres mulçumanas,

porém de regiões diferente, numa delas o uso da burca era obrigatório e na outra não, por isso a mulher estava de biquíni,

em uma piscina. Seguindo a mesma atividade, os pibiadianos tinham papeis recortados com adjetivos em mãos, para que
os alunos “classificassem” aquelas mulheres e conforme eles escolhiam que adjetivo combinava mais com cada mulher, os
papéis iam sendo colados ao lado de sua imagem. Depois de concluída esta atividade foi “congelada” para que voltasse no
final da aula.
Momento da motivação Inicial

Para o segundo momento da aula tivemos como material de apoio trechos dos contos medievais existentes no livro “As artimanhas das mulheres” de Abd al Al Hawranu,
um livro que contém contos de uma chamada literatura medieval “subversiva”. Nele existem contos que tratam de mulheres que ao contrário da imagem tão divulgada a respeito
das muçulmanas, nada tem de submissas e acomodadas, muito pelo contrário, mostra mulheres que por meios variados alcançam seus objetivos para além da vontade de seus maridos
e/ou da Sharia (lei que regia e ainda rege algumas sociedades muçulmanas).

Os trechos dos contos foram entregues aos estudantes para que eles lessem e nos comunicassem ao final o que lhes chamava atenção, depois disto nós os informamos
que aqueles eram contos medievais e que tratavam de mulheres muçulmanas. O seguimento da aula ocorreu no intuito de alertá-los para alguns preconceitos comuns que temos
enquanto ocidentais no que diz respeito aos costumes e religiões orientais, e neste caso específico aos muçulmanos. Para isso discutimos com eles e elas um pouco a respeito do
surgimento do islã, da instauração da Sharia enquanto lei e de quais são os estereótipos que temos a respeito destas pessoas e mais especificamente das mulheres. Abordamos a
luta de algumas mulheres muçulmanas através de protestos, como elas utilizam a burca também como um artifício de moda, etc.
Estudantes do 2º C lendo os trechos dos contos que lhes foram disponibilizados

Após a discussão, voltamos às duas imagens iniciais e informamos que ambas eram muçulmanas, porém de regiões diferentes e por isso uma era obrigada a usar burca
e outra não. Isto chamou a atenção dos estudantes tanto por não imaginarem que a mulher de biquíni tanto por não imaginar que esta era muçulmana quanto por não imaginarem
sequer que ela poderia fazer parte de qualquer região Oriental.

Como avaliação, pedimos que os estudantes escrevessem pequenos contos que de alguma forma exemplificassem o que eles haviam entendido da aula, que tocasse em
conteúdos como a sharia e/ou os estereótipos que envolvem a mulher muçulmana e/ou que as colocasse em posição ativa e não submissa.
Meninos e meninas do 2º C escrevendo seus contos


Nos contos os estudantes criaram histórias em que as mulheres mulçumanas lutavam por seus direitos, que se defendiam dos preconceitos
colocados sobre elas em outras regiões do mundo, como o Brasil.


Foi interessante perceber como eles colocaram estas mulheres em posição de atrizes sociais, por vezes obedecendo e por outras não à Sharia,
mas sempre lutando para alcançar seus objetivos em diferentes situações, de forma similar (guardando as devifdas proporções) ao que fez Abd al
Hawnanu em seus contos medievais.

Plano de aula sobre o imaginário do homem do sertão

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) – UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

Felipe Fernandes
Jeani Gomes
Mariana Nogueira
Messias Martins
Márjorie Pires
Professor Supervisor: José Alexandre da Silva



Série alvo: 2º ano – Ensino Médio.
Objetivos Específicos:
Conceituais:
Reconhecer os estereótipos e as imagens formadoras da cultura do homem do Sertão Nordestino brasileiro.
Procedimentais/Comportamentais:
Ouvir e ler músicas que retratam o imaginário do homem do Sertão.
Afetivos:
Valorizar os aspectos regionais da história local do homem do Sertão nordestino.

Conteúdos:
·       O Imaginário do homem do Sertão nordestino;


Momento 1:
Motivação inicial:
Apresentação de trecho do livro “Os Sertões” de Euclides da Cunha.  Em seguida levantar o seguinte questionamento: Que imagens e aspectos vocês atribuem ao homem do Sertão?  (15 min)

Momento 2:
Expor o título da aula e os objetivos propostos (2 min).
Momento 3:
Apresentar o conceito de Sertão e os elementos culturais responsáveis pela sua caracterização, a partir de trechos do filme “O Auto da Compadecida”; “O homem que desafiou o diabo” e do cordel “Nordeste: aqui é meu lugar”.
Contrapor o imaginário estereotipado do homem do sertão a partir da leitura da matéria: “O vaqueiro moderno do Sertão e a bandeira gay”, vinculada no jornal o Diário de Pernambuco. Na sequência iniciar um breve debate sobre os textos.
(25 min)
Referências

Momento 4:
Avaliação de aprendizagem.
(58 min)

Avaliação: “ O cordel do novo Sertão”
Ao termino da abordagem do conteúdo dividimos a turma em 6 grupos de 5 alunos, cada qual ficando responsável pela elaboração de um cordel que ressalta-se a desconstrução do imaginário estereotipado do homem do sertão.










Trecho de "Os Sertões"
O HOMEM
"O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral.
A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas.
É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos. O andar sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e sinuoso, aparenta a translação de membros desarticulados. Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar de displicência que lhe dá um caráter de humildade deprimente. A pé, quando parado, recosta-se invariavelmente ao primeiro umbral ou parede que encontra; a cavalo, se sofreia o animal para trocar duas palavras com um conhecido, cai logo sobre um dos estribos, descansando sobre a espenda da sela. Caminhando, mesmo a passo rápido, não traça trajetória retilínea e firme. Avança celeremente, num bambolear característico, de que parecem ser o traço geométrico os meandros das trilhas sertanejas. (...)
É o homem permanentemente fatigado."
Trechos extraídos do livro "Os Sertões".

Cordel:
NORDESTE: AQUI É MEU LUGAR!
Vou falar do meu lugar
Terra de cabra da peste
Terra de homem valente
Do sertão e do agreste
Terra do mandacaru
Do nosso maracatu
Meu lugar é o Nordeste!

Meu Nordeste tem riquezas
Só encontradas aqui
Sua música, sua dança
Sua gente que sorri
Nosso povo tem bravura
Tem tradição, tem cultura
Da Bahia ao Piauí.

01

A nossa música é linda
Temos coco e embolada
Aboio e banda de pife
Poesia improvisada
Axé, repente, baião
O forró do Gonzagão
Que faz a maior noitada.

Frevo, xote e xaxado
Violeiro, canturia
O martelo agalopado
O cordel e a poesia
O cantador de viola
Fazendo versos na hora
Pra nos trazer alegria.

02

Nossa dança é muito rica
E bastante popular
Tem ciranda, afoxé
Para quem quiser dançar
Bumba-meu-boi, capoeira
Essa dança brasileira
Querida em todo lugar.

Tem baião e tem forró
Pra dançar agarradinho
Tem maracatu, congada
Tem o cavalo-marinho
Festa junina animada
Pra toda rapaziada
Namorar um “bucadinho”.

03

Nossa culinária é rica
Em tradição e sabor
Tem cuscuz, tem macaxeira
Que têm um grande valor
Tem o xinxim de galinha
Rapadura com farinha
Tudo feito com amor.

Do bode tem a buchada
Carne de sol com pirão
O mocotó, a rabada
O bobó de camarão
Bredo no coco, paçoca
Vatapá e tapioca
Venha provar o qu’é bão.

04

Temos doce bem gostoso
Como o Bolo de Fubá
A cocada, a rapadura
O quindim e o mungunzá
Temos Beijinho de coco
Que deixa qualquer um loco
Venha aqui saborear.

As festas do meu Nordeste
Têm alegria e calor
O carnaval de Olinda,
De Recife e Salvador
Em Natal o “Carnatal”
Em Fortaleza o “Fortal”
Micaretas de valor.

05

Quando chega o São João
A "disputa" é pra valer
A "Capital do Forró"
Todos querem conhecer
Caruaru tem beleza
Campina Grande destreza
Para o forró não morrer.

Terra de Alceu Valença
E de Jackson do  Pandeiro
Terra de Luís Gonzaga
Esse grande brasileiro
A terra de Elba Ramalho
E também de Zé Ramalho
Famosos no mundo inteiro.

06

A terra de Virgulino
O famoso Lampião
A terra de Vitalino
Rei do barro feito à mão
A terra do “Padim Ciço”
Dos milagres, “dos bendito”
Do poder da oração.

Piauí da Pré-História
Bahia do candomblé
Paraíba das cachaças
Em Sergipe eu boto fé
Pernambuco tem o frevo
Alagoas tem segredo
Vá descobrir o que é.

07

Maranhão é o estado
Pra dançar bumba-meu-boi
Ceará do “Padim Ciço”
Só conhece quem já foi
No Rio Grande do Norte
A cultura é muito forte
Vá! Não deixe pra depois.

Essa terra é muito boa
Dela ninguém me separa
Tem tudo pra se viver
Uma culinária rara
Uma beleza campestre
Só deixo o meu Nordeste
No último pau-de-arara.



Referências:
ALBUQUERQUE JR, Durval Muniz de. A invenção do Nordeste e outras artes. 4ª ed. Recife: FJN; Ed. Massangana; São Paulo: Cortez, 2009. 
CABRINI, Conceição et al. O que achamos importante lembrar sobre o ensino da História ou fundamentação teórica da proposta. IN Ensino de História: revisão urgente. S. Paulo: EDUC, 2000.

SCHMIDT, M. A. O ENSINO DE HISTÓRIA LOCAL E OS DESAFIOS DAFORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA HISTÓRIA. In: MONTEIRO, A. M. et al. Ensino de História: sujeitos, saberes e práticas. Rio de Janeiro: Mauad, 2007.

Plano de aula sobre a sociedade açucareira no Brasil colonial

PLANEJAMENTO DA ESCOLA DE REFERÊNCIA EM ENSINO MÉDIO PORTO DIGITAL
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) – UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

Felipe Fernandes
Jeani Gomes
Mariana Nogueira
Messias Martins
Márjorie Pires
Professor Supervisor: José Alexandre da Silva



Série alvo: 2º ano – Ensino Médio.
Objetivos Específicos:
Conceituais: Apontar por escrito os princípios básicos dos teóricos do absolutismo (Maquiavel, Hobbes e Jacques Bossuet), relacionando com as relações de poder entre, empresário-operário, homem-mulher), nas duas primeiras décadas do século XXI, no Brasil.
Procedimentais/Comportamentais: Destacar e descrever uma das relações de poder (empresário-operário, homem-mulher), nas duas primeiras décadas do século XXI, no Brasil.
Afetivos: Criticar construtivamente as relações de poder (empresário-operário, homem-mulher), nas duas primeiras décadas do século XXI, no Brasil.

Conteúdos:
·       Absolutismo monárquico e as principais teorias que o sustentaram no século XV (Maquiavel, Thomas Hobbes e Jacques Bossuet): Estado de natureza, Estado civil.
·       Relações de Poder entre empresário-operário, homem-mulher, nas duas primeiras décadas do século XXI, no Brasil. Hierarquias e as relações entre dominado-dominante, sujeito-objeto.

Momento 1:
Motivação inicial:
Apresentar o vídeo “Do the evolution” de 1998 da banda Pearl Jam, retratando a soberania humana dentro do processo evolutivo.  Em seguida levantar os seguintes questionamentos: que interpretações podem ser obtidas a partir do vídeo? Em que partes da letra é possível evidenciar o homem como ser absoluto?

Momento 2:
Expor o conceito de Absolutismo monárquico, a partir das citações dos principais teorias que o sustentaram no século XV (Maquiavel, Thomas Hobbes e Jacques Bossuet).
·       Maquiavel
Quem quiser praticar a bondade em tudo o que faz está condenado a penar, entre tantos que não são bons. É necessário, portanto, que o príncipe que deseja manter-se aprenda a agir sem bondade, faculdade que usará ou não, em cada caso, conforme seja necessário. (MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe)
Nesta perspectiva, realizar a seguinte pergunta: até que ponto a ética é importante na obtenção do poder?
·       Thomas Hobbes
O motivo que leva os seres humanos a criar os Estados é o desejo de abandonar essa miserável condição de guerra que surge quando não existe poder visível que os controle […] (HOBBES, Thomas. O Leviatã. Apud: ARTOLA, Miguel).

Em seguida, realizar a seguinte pergunta: até que ponto é necessária a ordem para o estabelecimento de uma organização social?
·       Jacques Bossuet
"Deus protege todos os governos legítimos, qualquer que seja a forma em que estão estabelecidos: quem tentar derrubá-los não é apenas um inimigo público, mas também um inimigo de Deus". (BOSSUET, Jacques-Bénigne: A Política Segundo a Sagrada Escritura)
Na sequência, realizar a seguinte pergunta: até que ponto “Deus” interfere na justificativa de ações políticas na atualidade?

Referências: ANDERSON, Perry; Linhagens do Estado Absolutista; Brasiliense; 3º edição, 1995. (30 min)
Momento 3:
Pré-leitura – Apresentar oralmente a fábula original “A cigarra e a formiga”, para demonstrar o funcionamento do mundo do trabalho à luz da meritocracia. Em seguida expor a tirinha “Fábulas dos anos 90” de Frank e Ernest para que percebam a relação de poder entre empresário/operário, desconstruindo o pensamento meritocratico.
Na sequência, perguntar: Qual a relação de poder é percebida na tira?
Referências:
FARACO, Carlos Emílio. Língua portuguesa: Linguagem e interação/ Carlos Emílio Faraco, Francisco Marto de Moura, José Hamilton Maruxo Júnior. – São Paulo: Ática, 2010. Pág 358.
 (5 min.)
Momento 4:

Leitura Interpretativa – Apresentar e distribuir, para cada estudante, o conto de Luís Fernando Veríssimo, “Como as mulheres dominaram o mundo” Em seguida, solicitar dois alunos para lerem o conto para sala. Na sequência iniciar uma exposição dialogada, com os seguintes questionamentos: Quais espaços a mulher tem conquistado? Estes já são equivalentes ao dos homens? Para que percebam o processo de empoderamento da mulher nas relações de gênero nas duas primeiras décadas do século XXI.
(20 min)
Momento 5:
Avaliação: Solicitar aos alunos a construção de um texto narrativo, com no mínimo 10 linhas, que represente uma outra relação de poder (professor-aluno, empresário-operário, pais-filhos).
(35 min)

Anexo
Crônica de Luís Fernando Verissimo. “Como as mulheres dominaram o mundo.”
Conversa entre pai e filho, por volta do ano de 2031 sobre como as mulheres dominaram o mundo.
- Foi assim que tudo aconteceu, meu filho...
Elas planejaram o negócio discretamente, para que não notássemos. Primeiro elas pediram igualdade entre os sexos. Os homens, bobos, nem deram muita bola para isso na ocasião.
Parecia brincadeira.
Pouco a pouco, elas conquistaram cargos estratégicos: Diretoras de Orçamento, Empresárias, Chefes de gabinete, Gerentes disso ou daquilo.
- E ai, papai?
- Ah, os homens foram muitos ingênuos. Enquanto elas conversavam ao telefone durante hora a fio, eles pensavam que o assunto fosse telenovela. Triste engano. De fato, era a rebelião se expandindo nos inocentes intervalos comerciais. “Oi querida!”, por exemplo, era a senha que identificava as lideres. “Celulite”, eram as células que formavam a organização. Quando queriam se referir aos maridos, diziam “O regime”.
- E vocês? Não perceberam nada?
- Ficávamos jogando futebol no clube, despreocupados. E o que é pior: Continuávamos a ajuda-las quando pediam. Carregar malas no aeroporto, consertar torneiras, abrir potes de azeitona, ceder a vez nos naufrágios. Essas coisas de homem.
- Ai, veio o golpe mundial?!?
- Sim, o golpe. O estopim foi o episodio Hillary- Mônica. Uma farsa. Tudo armado para desmoralizar o homem mais poderoso do mundo. Pegaram-no pelo fraco, coitado. Já lhe contei, né? A esposa e a amantes, que na TV posavam de rivais, no fundo, cúmplices de uma trama diabólica. Pobre Presidente...
- Como era mesmo o nome dele...
- William, acho. Tinha um apelido, mais esqueci... Desculpe. Filho, já faz tempo...
- Tudo bem, papai. Não tem importância. Continue...
- Naquela manhã a Casa Branca apareceu pintada de cor- de – rosa. Era o sinal que as mulheres do mundo inteiro aguardavam. A rebelião tinha sido vitoriosa! Então elas assumiram o poder em todo o planeta. Aquela torre do relógio tinha sido vitoriosa! Então elas assumiram o poder em todo o planeta. Aquela torre do relógio de Londres chamava-se Big-Bem, e não Big-betty, como agora... Só os homens disputavam a Copa do Mundo, sabia? Dia de desfile de moda não era feriado. Essa Secretaria Geral da ONU era uma simples cantora. Depois trocou o nome, de Madonna para Mandona...
- Pai, conta mais...
- Bem filho... O resto você já sabe.
Instituiram o Robô “ Troca-Pneu” como equipamento obrigatório de todos os carros...
A lei do Já-Prá–Casa, proibindo os homens de tomar cerveja depois do trabalho...
E, é claro, a famigerada semana da TPM, uma vez por mês...
- TPM???
- Sim, TPM... A Temporada Provável de Mísseis... E quando elas ficam irritadíssimas e o mundo corre perigo de confronto nuclear...
- Sinto um frio na barriga só de pensar, pai...
- Sssshhh! Escutei barulho de carro chegando. Disfarça e continua picando essas batatas.



Referências:
ANDERSON, Perry; Linhagens do Estado Absolutista; Brasiliense; 3edição, 1995 p, 15-41.
FUZA, Ângela Francine; MENEGASSI, Renilson José. Procedimentos de leitura na sala de aula do ensino fundamental. In: CELLI – COLÓQUIO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS. 3, 2007, Maringá. Anais... Maringá, 2009, p. 1184- 1194.Disponível em:  http://www.ple.uem.br/3celli_anais/trabalhos/estudos_linguisticos/pfd_linguisticos/011.pdf
SIMPSON, Jimmy. O Presente. Recife. 2017. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=bWINJVmc6Xg >. Acesso em: 16 fev. 2017.

THAVES, Bob. Frank e Ernest. “Fábulas dos anos 90” in: FARACO, Carlos Emílio. Língua portuguesa: Linguagem e interação/ Carlos Emílio Faraco, Francisco Marto de Moura, José Hamilton Maruxo Júnior. – São Paulo: Ática, 2010. Pág 358.

VERISSIMO, L. F. “Como as mulheres dominaram o mundo”. Recife, 2017. Disponível em: < https://pensador.uol.com.br/textos_de_luis_fernando_verissimo/ >. Acesso em: 16 de fevereiro de 2017.