terça-feira, 28 de novembro de 2017

Intervenção Lúdica no Ensino de História

Resumo Expandido enviado pelas bolsistas Bruna Correia e Rayssa Nascimento, da Equipe Oswaldo Lima Filho, para o 1º Seminário estadual do PIBID e PIBID diversidade do estado de Pernambuco – Recife, 16 e 17 de Novembro.

A PIRATARIA DO SÉCULO XVII: INTERVENÇÃO LÚDICA NO ENSINO DE HISTÓRIA PARA O FUNDAMENTAL II

Bruna Santana Alencar Correia
bruna.sacorreia@hotmail.com
Rayssa Karynne Silva do Nascimento
rayssakarynnesilva@gmail.com
Roberto Moura 
PIBID História UFPE – Escola Oswaldo Lima Filho

RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo analisar a proposta de ensino elaborada e realizada pelos bolsistas do PIBID de História da UFPE para os alunos de 7º ano do Ensino Fundamental II na escola Oswaldo Lima Filho, cujo tema central foi a Pirataria. Tendo como ponto de partida o recorte da temática no século XVII, complementando a abordagem da Idade Moderna, procurou-se apresentar o assunto de forma interativa com o intuito de propiciar um ambiente em que os alunos seriam os protagonistas de sua aprendizagem. Desse modo, o presente artigo possui o propósito de, a partir da vivência, apontar para a importância de aulas lúdicas como meio de conceber novas formas de planejamento do ensino de história. 

Palavras-chaves: Pirataria, Intervenção Lúdica, Ensino de História.

INTRODUÇÃO: O PIBID possui como intuito não apenas criar um vínculo entre graduandos e a experiência docente, como também procura agregar experiências valorosas para as escolas e seus estudantes. A partir desse propósito os bolsistas integrados na escola Oswaldo Lima Filho, em comum acordo com a coordenadora geral do projeto, Adriana Maria Paulo da Silva , decidiram trabalhar o tema Pirataria, uma vez que este se insere na temática de Idade Moderna que vinha sendo estudada com os alunos como parte do planejamento anual para os anos finais do Fundamental.
Por ser um assunto pouco mencionado em livros didáticos e, consequentemente, nas aulas de História, o aspecto de “surpresa” se sobressai visto que os alunos poderiam fazer associações diversas a partir de suas concepções sobre o tema através da cultura midiática. O acesso desses estudantes ao material se dá nas mais diversas formas: filme, cartoons, livros de ficção. Logo, compreende-se que “o professor deve organizar suas atividades para que sejam significativas para o aluno” , interpretando o lúdico como um recurso pedagógico que seja agregador na experiência planejada tal como aconteceu durante a aplicação deste projeto.
A partir do propósito de tornar o momento aula uma “aventura”, os bolsistas utilizaram de diversos recursos, dentre os quais: a narrativa; a encenação; a utilização de materiais que compusessem um cenário; a interação feita com os estudantes tanto por meio da interação aluno-professor, como pela participação ativa dos mesmos através da resolução de enigmas propostos no decorrer de sua execução; a escolha de uma avaliação que estimulasse a comunicação dos estudantes com seu grupo-classe e a utilização de suas singularidades, como a imaginação e a escrita.

OBJETIVOS: Apontar para a estratégia didática utilizada pela equipe e ressaltar a importância de trazer diferentes recursos e referências da atualidade para as aulas de História, de modo a proporcionar um aprendizado envolvente para os alunos.

REFERENCIAL TEÓRICO: Foram usadas como alicerce teórico e metodológico sugestões cedidas por nossa coordenadora do PIBID; nossas experiências obtidas em sala de aula e essencialmente pela análise de especialista no Ensino de História, Pedagogia e Artes Cênicas. Escritores como Bittencourt (2008), Burke (1992), Desgranges (2011), Fonseca (2011), Pinto (2010) Tavares (2010) tais autores foram empregados para a construção da comunicação entre os três campos citados.

PERÍODO DE REALIZAÇÃO: O planejamento se iniciou em maio de 2017, como projeto do segundo bimestre do PIBID de História da UFPE, e foi executado em junho do mesmo ano nas turmas do 7º ano da escola Oswaldo Lima Filho.

METODOLOGIA: Nossa temática de trabalho com os educandos da Escola Municipal Oswaldo Lima Filho foi sugerida pela coordenadora do PIBID Adriana Maria Paulo da Silva. A partir da sugestão dada, começamos o levantamento bibliográfico e estratégico para aulas a cerca do tema sugerido. Logo chegamos à conclusão que queríamos fugir de aulas com o viés apenas expositivo, visando encontrar modos de construir conteúdos que não fossem maçantes e pouco atraentes aos educandos. Escolhemos usar elementos teatrais, a exemplo de cenografia e roteirização do conteúdo histórico de piratas.
Tendo como publico alvo o 7º ano do Fundamental II, articulamos a ambientação da sala de aula com alguns elementos que estão diretamente ligados a pirataria no imaginário dos educandos de forma que fosse possível fazer referências claras ao tema: caveiras e mapas antigos, por exemplo. Cabe ressaltar, ainda, que os bolsistas também estavam caracterizados com elementos inspirados por agentes históricos da época e que compusessem os personagens que havíamos criado para aula, como o corsário, a pirata e a bucaneira. Por fim, pedimos que os estudantes construíssem uma história a partir desses personagens e do conteúdo abordado.

RESULTADOS: Os alunos se mostraram receptivos com as estratégias utilizadas e o entusiasmo pôde ser observado tanto pelas suas reações como pelo visível interesse, demonstrando o benefício que pequenas modificações no ambiente comum podem trazer consequências positivas enormes. O cuidado com o roteiro de dramatização, especialmente a importância de se transmitir o conteúdo sobre pirataria através do diálogo teatral, também trouxe ótimas consequências que foram percebidas através da análise da avaliação proposta, visto que a grande maioria dos alunos conseguiu criar sua própria história a partir das figuras do pirata, da bucaneira e do corsário.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: O trabalho em questão se torna pertinente por expor resultados positivos na construção de projetos com a utilização de recursos lúdicos para o ensino de História, tendo como o foco os anos finais do Ensino Fundamental da Rede Pública de escolas. Para além das experiências adquiridas pelos bolsistas do PIBID, Sua importância pode ser observada no fato de permitir que os estudantes estabeleçam uma ponte entre o que absorvem diariamente e os temas históricos.

BIBLIOGRAFIA
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. O Saber Histórico na Sala de Aula. 11. Ed. São Paulo: Contexto, 2008.
BURKE, Peter. A escrita da história: Novas perspectivas. São Paulo: UNESP, 1992.
DESGRANGES, Flávio. A pedagogia do teatro: provocação e dialogismo. 3. Ed. São Paulo: Hucitec; Mandacaru, 2011.
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e Prática de Ensino de História: experiências, reflexões e aprendizados. 12. Ed. Campinas, SP: Papirus, 2011.
PINTO, Cibele Lemes e TAVARES, Helenice Maria. O lúdico na aprendizagem: Aprender e aprender Rev. Da Católica, Uberlândia, v.2, n.3, p.226-235, 2010.

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