domingo, 18 de junho de 2017

EREM Martins Júnior: Visita ao Museu do Homem do Nordeste

No dia 08 de junho o Pibid da EREM Martins Júnior na Torre realizou uma aula campo com os estudantes dos segundos anos da escola, a partir da temática desenvolvida pela equipe - "Religiosidade Afro-Brasileira", os estudantes puderam conhecer a parte da cultura material dos povos de matriz africana, além de discutirem outros temas relacionados como a escravização negra no Brasil, a resistência escrava e a monocultura canavieira. O trabalho se deu primeiramente numa visita prévia realizada pelos bolsistas para verificar as áreas de atuação que a visita dos estudantes deveria contemplar, além contar com orientação dos monitores do museu sobre como se dá a recepção de escolas públicas. O contato dos estudantes com o museu foi bastante proveitosos, a maioria não o conhecia, como a vista foi mediada por monitores eles interagiram a todo instante, a cada sala os alunos primeiramente olhavam as peças e depois contavam com as explicações dos profissionais do museu. 

Visita prévia dos bolsistas ao Museu do Homem do Nordeste

 Algumas orientações do monitor do museu sobre os acervos

Estudantes do segundo ano são orientados por monitores do museu e pelos bolsistas do Pibid nas acomodações do Museu do Homem do Nordeste






sexta-feira, 16 de junho de 2017

Canudos a partir da Literatura e da História: equipe EREM Porto Digital participa de aulão interdisciplinar

         A mente sendo tomada como um espaço de criação e com sua magnífica capacidade, podemos mergulhar nas histórias e narrativas tidas como pertencentes ao conteúdo exclusivamente de História, associando a particularidades típicas da Literatura, assim, fazendo do conhecimento histórico um lugar de prazer, onde possamos nos jogar nos mecanismos pedagógicos que buscam o conhecimento de culturas próximas ou mesmo distantes, como a cultura árabe, onde a famosa obra As mil e uma noites representa um meio bem mais agradável e também complexo de conhecer os detalhes que atravessam essa cultura e que de certa forma fica no não dito, quando nos limitamos apenas ao que os livros didáticos nos fornecem. 

     Quando afirmamos o quanto é importante essa cumplicidade de saberes, é porque já nos foi provado o grau de benefícios que essa junção traz. É impossível dissociar a História da Literatura, e mais do que isto, é de fundamental importância pedagógica juntá-las. Outro exemplo é a Ilíada e a Odisseia de Homero, que através de suas narrativas hoje podemos desfrutar o saber de uma parte da cultura grega, ou seja, outra vez a Literatura serve de base para o conhecimento histórico. Estando ou não a História em primeiro plano, a Literatura sempre apresentar-se-á como ferramenta valiosa na compreensão dos processos históricos e das mudanças pelas quais as sociedades passaram ou ainda passam. 

   Estudar a Literatura e a História numa perspectiva interdisciplinar favorece a compreensão e a assimilação de saberes, pois somos movidos por histórias e a Literatura é o testemunho da sociedade, nela podemos dar destaque àquilo que de certa forma fica obscuro e com pouca evidência, revelando as marcas e as mágoas, numa perspectiva duradoura, pois expressa mais um anseio de afirmação das narrativas do que uma ruptura. Ao colocar em prática essas tendências educacionais, o resultado será sentido tanto pelo educador quanto pelos alunos, que sentirão o prazer de aprender temas, histórias e conteúdos por meios interdisciplinares, colocando cada parte desse projeto didático em seu respectivo lugar.  

      Foi neste nesta proposta que a equipe EREM Porto Digital foi convidada pelo professor Abenilzo Dantas, professor de Língua Portuguesa da citada instituição, a participar de uma aulão interdisciplicar sobre o obra Os Sertões do escritor Euclides da Cunha, na qual é retratada a Guerra de Canudos, ocorrida no sertão da Bahia nos anos de 1896 e 1897. A proposta inicial e posta em prática no dia 14 de junho, última quarta-feira, foi a realização de uma aula expositiva que abordasse aspectos históricos, geográficos e literários. A primeira parte ficara mercê dos bolsistas PIBID na referida instituição com o auxílio do professor José Alexandre da Silva, a segunda com o bolsista Felipe Fernandes, e a última com o idealizador do projeto, o professor Abenilzo Dantas. 

Da esquerda para a direita, professor José Alexandre, os bolsistas Márjorie Maria, Felipe Fernandes; o professor Abenilzo Dantas e a bolsista Jeani Gomes.

          Os alunos convidados para o aulão foram os terceiranistas na medida em que estão vendo em sala o eixo central para a aula: a obra de Euclides da Cunha. O evento teve por duração duas horas com participação de alunos e professores, um dos quais também fora o professor Laércio Nunes, da disciplina de Matemática.

Professor José Alexandre da Silva expondo os motivos da Guerra aos alunos.

Professor José Abenilzo, o precursor do aulão interdisciplinar.

Bolsista Márjorie Maria em sua exposição.

 Bolsista Felipe Fernandes expondo a parte geográfica do sertão nordestino.

Os Sertões (Euclides da Cunha): uma visão geo-histórica-literária

Bolsista Jeani Gomes em sua fala.

         O balanço do aulão foi extremamente positivo por parte dos idealizadores, com participação ativa dos estudantes na perspectiva de que abdicaram de um horário livre para aprenderem um pouco mais sobre uma história tão importante do sertão nordestino. A interdisciplinaridade enquanto ferramenta pedagógica: a missão da educação no século XXI.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

EREM Porto Digital e o Recife colonial: a valorização da história local através do tempos

Em número alarmante, escolas e professores de História se deparam com uma realidade não muito plausível de que grande parte dos alunos não conhece a historia de sua comunidade de seu município ou seu estado, prendendo-se apenas a uma história nacional desvinculada da sua realidade local e de seu contexto histórico. Esse problema causa o desinteresse dos alunos pela História e por outras disciplinas que eles não consideram importantes justamente pelo fato desses alunos não se sentirem inseridos nesse ambiente ou no processo histórico sob o qual os acontecimentos ganham vulto. Em regiões e cidades que possuem um atrativo populacional recente, como é o caso do Recife, a situação ganha maiores dimensões uma vez que parte da população desse município é oriunda de outras regiões do Brasil, onde a migração é constante entre cidades vizinhas. Isso se reflete em sala de aula onde a maioria dos alunos desconhece, ignora e desrespeita suas origens e as da região que hoje habitam.

Turma do segundo ano na Rua do Bom Jesus.

O resultado dessa realidade é um ensino de História desprovido da participação e do engajamento dos alunos que se sentem desmotivados e marginalizados do contexto e processo de construção do conhecimento histórico. Conhecer, entender, respeitar e preservar as raízes e a origem de um povo, comunidade ou uma região é sobre tudo garantir a esse povo a condição de existir e proteger a sua identidade, valorizando e cultivando a sua historia local, facilitando o entendimento e a inserção dos alunos no contexto histórico não só regional mais também nacional. O entendimento e o conhecimento da história local tem o poder de proporcionar ao educando reconhecer-se como agente participativo e transformador da sua história local e nacional e consequentemente gera o interesse e a valorização da mesma facilitando a aprendizagem. Diante desse contexto, os alunos e a escola devem fazer da história local uma ferramenta de facilitação no processo de ensino aprendizagem da História nacional, sendo que o entendimento das origens e raízes dos alunos como membros de uma comunidade ou um grupo social faz com que eles se interessem mais pelo aprendizado da História, fazendo com que eles se sintam realmente agentes participativos do processo histórico. 

Professor José Alexandre da Silva junto aos alunos, elucidando a história local.

Desenvolvida no âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID/UFPE), a sequência didática Recife Colonial: período açucareiro e holandês. a qual foi ministrada pelos bolsistas, acompanhados pelo supervisor José Alexandre, foram foco do bimestre compreendido nos meses de maio a junho. As atividades se inseriram nos conteúdos programados da disciplina de História para as turmas de segundo e terceiro ano, esta última apenas se insere a atividade interdisciplinar. Resultado da articulação entre docentes da Escola de Referência em Ensino Médio Porto Digital (EREM PD) e estudantes de licenciatura em História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a sequência didática propôs o desenvolvimento de atividades de ensino no campo da história local.

Bolsista Felipe Fernandes abordando o neoclassicismo presente na cidade do Recife.

Nesta concepção, a sequência didática Recife Colonial: período açucareiro e holandês propôs o uso de aparelhos eletrônicos móveis como uma estratégia no ensino de história para o nível médio, enfatizando a história do Bairro do Recife. Tendo em vista problematizar o meio urbano em que está localizada a EREM Porto Digital, foram utilizadas, no trabalho pedagógico, diferentes tipos de funções dos dispositivos móveis, como fotos e vídeos produzidos sobre o bairro, mostrando as mudanças ocorridas durante os anos.

O grande momento da sequência didática, foi a aula campo com as turmas dos 2º anos realizadas nos dias 24 e 25 de Maio, os estudantes puderam sair às ruas e exercer a percepção histórica. Os pontos trabalhados foram: praça Ascenso Ferreira a fim de observar o mapa atual da cidade do Recife; Ponte Buarque Macedo com o objetivo de visualizar Olinda e apontar sua importância nesse período, além de sua destruição e abandono. Observar o Rio com o aspecto social e sua utilização na economia e política. Logo após, os alunos foram encaminhados para a Praça da República para que conseguissem exercer uma melhor observação da ilha de São José e santo Antônio nos dois períodos: suas transformações e permanências.Como não poderia deixar de ser, também se passou pela Ponte Mauricio de Nassau e o Cais do Alfandega. Por fim, passaram pela Rua da Moeda, Rua do Bom Jesus e voltou-se à escola.

Alunos segundanistas observando o mapa produzido pelos pibidianos antes de irem à rua.

        Os estudantes puderam perceber que a Cidade do Recife sofreu com fortes modificações urbanísticas no decorrer da sua história. Contudo, poucas dessas modificações foram, de fato, tão marcantes, intrínsecas, viscerais e duradouras como as vivenciadas durante a gestão de Francisco do Rego Barros, Conde da Boa Vista, à frente da Presidência da Província de Pernambuco, ofertada por indicação e exercida a pedido do Imperador Dom Pedro II de Bragança. Com o Conde da Boa Vista, o Recife comutou-se da cidade arraigada ao passado mascate e ao traço Colonial das edificações públicas e Barroco das construções eclesiásticas e civis para o traço elegante e pungente do Neoclassicismo. Este foi trazido da Europa para o Recife pelo conde e acabou por transformar a cidade em seu amálgama, construindo uma nova cultura e um novo hábito social de importância parecida só encontrada nas ações de outro conde, o Conde Maurício de Nassau Von Siegen, Príncipe de Holanda, no século XVII, durante a Invasão Holandesa. A história da cidade se apresenta num contraponto entre o presente e o passado.

Bolsista Jeani Gomes junto aos alunos na aula campo.

         Por fim, foi de suma importância a disposição dos alunos para a realização das aulas. construção de noções modifica a maneira como o aluno compreende os elementos do mundo e as relações que esses elementos estabelecem entre si, na medida em que o ensino de História lhe possibilita construir noções, proporcionando mudanças no seu modo de entender a si mesmo, entender os outros, as relações sociais e a própria história. A associação entre cotidiano e história de vida dos alunos possibilita contextualizar essa vivência individual a uma história coletiva. 

quinta-feira, 11 de maio de 2017

O conceito de fonte histórica e da construção social da beleza na Escola Estadual do Paulista

Os alunos dos 1º anos da Escola Estadual de Paulista vivenciaram no mês de abril do ano de 2017, uma nova experiência dentro do seu âmbito escola. Pois, participaram das aulas realizadas pelo PIBID (Programa Instituição de Bolsas e Iniciação a Docência) de História da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Aulas pensadas e aplicadas para a problematização do conceito atual do belo e de fontes no curso histórico da produção histórica e da própria vida de cada estudante que ali estava.

Bolsistas Isabela Tristão e Maria Creusa desenvolvendo atividades juntos aos alunos.

Observando o curso atual das problemáticas dentro das escolas brasileiras e em todo mundo, podemos perceber que uma dos assuntos mais discutidos e polêmicos é a beleza. Em sua total complexidade, conseguimos discutir e escutar dos alunos como todo o padrão da moda e de beleza da sociedade contemporânea interfere na vida de cada um dos 7,2 bilhões de pessoas que vivem na terra. As manobras da mídia, os comercias, o preconceito, ou até as doenças que presenciamos a partir das consequências da busca incessante do belo, nos fez pensar e problematizar o que seria a “beleza” em nossa sociedade. Um paralelo histórico e cultural que demonstrou os tipos de beleza que já foram vivenciados e os vários aspectos culturais e sociais que existem no mundo, conseguiram aguçaram o debate com os estudantes para pensarmos no que realmente é a beleza e seu padrão.

Alunos participaram e levantaram discussões pertinentes em sala de aula.

De extrema relevância presenciar a sensibilidade dos alunos aos temas apresentados, fazendo com que, houvesse diversos momentos de debates entres as opiniões dos estudantes acerca do que é a beleza e o que ela representa, além da importância na forma que utilizamos as fontes históricas pra discutir e construir assuntos como esse e tantos outros. O que aconteceu na Escola Estadual de Paulista (EEP) foi vários momentos de introspecção social dos alunos, professores e pibidianos em sala, foi um esclarecimento coletivo das diversas opiniões, formas e conceitos de vida, beleza e história.

Trazer temas atuais para o debate escolar caracterizou o mérito da atividade para com os alunos.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Oficina de Teatro possibilitou o desenvolver de uma poderosa ferramenta pedagógica aos bolsistas

Nesta última terça-feira, dia 09, os bolsistas se reuniram no Centro de Educação para mais uma oficina de formação e potencialização das atividades docentes das escolas contempladas pelo nosso programa. Lembrando que os estudantes estão em contato com a modalidade de oficina desde o início de Fevereiro, a primeira abordou aspectos literários, posteriormente foi possibilitado o conhecimento sobre a utilização dos jogos no processo de ensino, além do mobile-learning e agora com o uso do teatro no ensino de História. A aula foi conduzida pelo professor Júnior Aguiar, o mesmo tem formação jornalística e trabalha com teatro há 23 anos, embora o contato com o campo educacional tenha sido recente, segundo relatou o mesmo. Artista pernambucano, hoje compõe o Coletivo Grão Comum e se encontra engajado na Trilogia Vermelha, espetáculos que estão relacionados a três figuras nordestinas importantes na História – Dom Hélder Câmara, Paulo Freire e Glauber Rocha. Há a intenção por parte do docente em adentrar no Mestrado pela Universidade Federal de Pernambucano ainda esse ano, aonde o mesmo poderá desenvolver a interlocução entre Educação e História.

Estudantes compareceram maciçamente na Oficina de teatro.

A princípio, houve uma apresentação sobre o conceito de teatro, que segundo o mesmo, é um termo de origem grega que designa simultaneamente o conjunto de peças dramáticas para apresentação em público e o edifício onde são apresentadas essas peças. Ou seja, é uma forma de arte na qual um ou vários atores apresentam uma determinada história que desperta na plateia sentimentos variados. Além disso, foi importante também perceber como o teatro agiu intensamente no percorrer da história na formação da cidadania, exemplo disso é o que denomina-se “Paideia” cuja denominação simboliza o sistema de educação e formação ética da Grécia Antiga, aonde a dramatização exerceu forte preponderância. A partir disto, os bolsistas puderam refletir de que modo a encenação poderia alterar a vivência e a realidade educacional das escolas contempladas pelo PIBID/História da UFPE: EREM Martins Júnior, EREM Porto Digital, Escola do Paulista, EREM Trajano de Mendonça e Escola Oswaldo Lima Filho.

Professor Aguiar utilizando do método expositivo-dialogado.

Uma das prerrogativas mais impulsionadas pelo professor Aguiar, é a de que o teatro na escola tem uma importância fundamental na Educação, podendo colaborar para que o jovem tenha a oportunidade de atuar efetivamente no mundo, opinando, criticando e sugerindo e, também permite ajudar o aluno a desenvolver alguns aspectos como a criatividade, coordenação, memorização e vocabulário. A capacidade de teatralidade, de jogo, é algo inerente às crianças desde seus primeiros anos escolares. A escola, como uma instituição formadora do pensamento, precisa está atenta e sensível a esta prerrogativa, para que possa de forma precisa e eficaz, ofertar aos seus alunos a oportunidade de desenvolver suas potencialidades dramáticas, que são fundamentais não só para a expressão artística, mas também na arte de viver. O teatro permite a vivência de experiências sensoriais diversas, onde, a partir dos jogos teatrais e dramáticos, o jogador pode se posicionar em estado de simulação, envolvendo nessa realidade paralela do jogo, suas emoções, conceitos, valores.Tal assertiva baseia-se muito no modelo construtivista que se tem pensando no Centro de Educação e foi de suma importância encaixar as duas discussões. Além disso, Vários estudos apontam o teatro como uma ferramenta muito importante no processo de desenvolvimento humano. Por conta do seu caráter lúdico e a propositura do estado de jogo, torna-se um elo fundamental nos processos de ensino-aprendizagem dos indivíduos. Segundo os PCN's de Teatro:

A dramatização acompanha o desenvolvimento da criança como uma manifestação espontânea, assumindo feições e funções diversas, sem perder jamais o caráter de interação e de promoção de equilíbrio entre ela e o meio ambiente. Essa atividade evolui do jogo espontâneo para o jogo de regras, do individual para o coletivo. (Parâmetros curriculares nacionais: arte/Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental, p.83, 2001).

Segundo a bolsista Mariana Nogueira, atuante na EREM Porto Digital, o teatro na escola é importante na “quebra da tradicionalidade do currículo” que, segundo a mesma, dificulta o processo de ensino-aprendizagem nos dias atuais. Em seguida à exposição do professor, ele encenou apenas um trecho de um espetáculo em produção no qual é vivenciado a trajetória política do educador pernambucano Paulo Freire no período do Regime Militar (1964-1985), a partir disto foi a vez dos bolsistas atuarem visto que foi pedido para que eles encenassem cenas pré-determinadas nas quais pôde-se observar aspectos interessantes como a sensibilidade para com o papel e a explosão em cena.

Bolsistas Felipe Fernandes e Messias Martins atuando na dinâmica proposta pelo professor Aguiar.

Um dos momentos mais impactantes da oficina fora a execução de uma dinâmica que representava o nascimento de um feto em que todos os bolsistas passavam a ser feto e útero na mesma encenação. Além da descontração inerente ao momento, pontuado por risos e fortes dosagens de força física, após a realização do feito os bolsistas puderam relatar suas experiências na atividade proposta e a lição foi inevitável, muitos relataram a dificuldade em ser feto mas, ao mesmo tempo, o prazer em persistir e chegar até o fim do percurso. A partir disto, todos que estiverem presentes no momento puderam trazer à tona, por meio do diálogo, a experiência pessoal na dinâmica que envolveu também a recuperação de memórias afetivas.

Bolsista Lorenna Rocha atuando e os demais assistem à cena.

A oficina foi interativa e bastante afetiva, os bolsistas ficaram muitos satisfeitos com a experiência como relata Rosely Bezerra, estudante do 4° período: “Foi muito gratificante e prazeroso participar de tudo que nos foi proporcionado e superou todas as minhas expectativas, pois com certeza serviu muito para nos estimular como educadores e a interação e conexão com o grupo também foi muito significativa”. Por fim, percebemos que o teatro é uma arte que modela o ser humano, atentando para as necessidades essenciais das relações interpessoais, além da compreensão do mundo e de suas estruturas ideológicas. Torna-se assim ideal que o individuo possa vivenciar os procedimentos iniciatórios ao teatro, desde seus primeiros anos escolares. É nessa fase inicial que começam a acontecer as primeiras relações de amizade e de socialização. Neste ponto podemos acentuar a importância da pratica teatral nos processos de cooperação e de estabelecimento de vínculos afetivos. Nisto baseia-se a importância do teatro quanto jogo e não apenas como resultado artístico, como a montagem de um espetáculo, mas como forma de enxergar o mundo. Importante reiterar o esforço da bolsista Lorenna Rocha que possibilitou o contato com o professor Aguiar, possibilitando a realização da oficina, e a efetividade da coordenadora Profa. Dra. Adriana Maria Paulo da Silva em propor atividades objetivas que potencializam formação da docência de todos os bolsistas envolvidos no programa.

Como sugestão fica o vídeo de divulgação das peças em cartaz encenadas pelo professor Aguiar:

https://www.youtube.com/watch?v=3lyXNVJzC8Q
https://www.youtube.com/watch?v=3b1ziEGilZQ

Demais fotos: 

Profa. Dra. Adriana Maria Paulo da Silva junto aos alunos na realização da oficina.

terça-feira, 2 de maio de 2017

Plano de Aula: Purgatório - A escalada para o Céu.

Equipe: Oswaldo Lima Filho
Integrantes: Bruna Alencar, Hélder Freitas, Leonardo Henrique, Philipe Paulino, Rayssa Nascimento.
Turmas: 7º ano do Ensino Fundamental
Título: Purgatório - A escalada para o Céu.
Tema da aula: Renascimento
Tempo: 100 minutos.

Objetivos específicos:
Caracterizar que a ideia de Purgatório como uma criação do escritor Dante Alighieri influenciado pela Ideologia Medieval Cristã;
Trabalhar em grupo as questões sobre o purgatório;
Descrever como a ideia de purgatório de Dante Alighieri influencia em produções artísticas tanto na época de sua publicação quanto na atualidade.
Comparar as visões sobre o Purgatório do escritor Dante Alighieri e do trecho do Filme Auto da Compadecida.

 Conteúdos:
Construção das ideias sobre o Purgatório na Baixa Idade Média;
Purgatório de Dante Alighieri;
Apresentar o trecho do filme Auto da Compadecida, Purgatório/Julgamento de João Grilo.

Metodologia:
- No primeiro momento, aula será expositiva-dialogada e perguntaremos a os alunos se eles já ouviram o termo purgatório, o que vem a cabeça quando se fala essa palavra. 10 min.
- Começaremos a expor que a crença na existência de um purgatório surge de vários concílios da Igreja Católica com um estado passageiro para depois se ascender aos céus, também trataremos sobre a ideia de redenção das almas através de orações que é defendida por Santo Agostinho no século V d.C e como mais tarde esses princípios cristãos irão influenciar a Divina Comedia. 10min.
- Apresentaremos a obra A Divina Comédia: Purgatório contextualizando os principais elementos da obra como personagens, espaço físico onde fica o purgatório e a relação do monte purgatório com o inferno retratado na aula anterior. Após esse momento descrito da obra colocaremos imagens referentes ao artista francês Gustav Doré que representam as passagens descritas na obra do Dante. 10 min.
- Neste segundo momento da aula começaremos a falar da obra literária Auto da Compadecida, como é composto, o contexto que se passa e sua importância, fazendo um paralelo com o julgamento de João Grilo com alguns elementos trabalhados na obra de Ariano, como por exemplo, o inferno e o purgatório que é citado no julgamento dos personagens. 10 min.
- E em seguida iremos exibir um vídeo com o trecho que trata do Julgamento de João Grilo. 18 min.

Avaliação:
Dividiremos a sala em grupos de no máximo cinco integrantes, pediremos para cada grupo construir uma sequência de quadrinhos de no máximo seis cenas em que descrevam e caracterizem a viagem de Dante pelo purgatório. 40-42 min.

Bibliografia:
ALIGHIERI, Dante – A Divina Comédia- Purgatório, Atena Editora, São Paulo, 2003.
BORGES, Valcides Rezende. História e Literatura: Algumas Considerações, Revista de Teoria História, nº3, 2010.
DOS SANTOS, Zeloí Aparecida Martins, História e Literatura: Uma Relação Possível. FAP – Faculdade de Artes do Paraná, Paraná, 2001.
Link do vídeo, O Auto da Compadecida: O julgamento de João Grilo: https://www.youtube.com/watch?v=CAvIyprhDco 

Plano de Aula: O Céu de Dante

Equipe: Oswaldo Lima Filho
Integrantes: Bruna Alencar, Hélder Freitas, Leonardo Henrique, Philipe Paulino, Rayssa Nascimento.
Turmas: 7º ano do Ensino Fundamental
Título: O Céu de Dante
Tema da aula: Renascimento
Tempo: 100 minutos.

Objetivo específico:

Diferenciar o céu físico do metafísico presente na obra de Dante e em algumas religiões.  
Brincar expondo os conteúdos trabalhados. 

Conteúdo: 
A Divina comédia
Conceito físico de céu 
Conceito de Céu da Grécia antiga. 
Conceito de Céu mulçumano.  

Metodologia:
Parte I: Iniciaremos com os alunos sentados em círculo para realizar uma breve exposição dos conceitos de céu físico evidenciado pela ciência e metafísico tidos na obra de Dante e em algumas religiões ocidentais. (15 min.) 
Parte II: Ainda com eles sentados, um dos professores passará uma bola (de futebol) e ao som da música (Um anjo do Céu) o objeto passará entre eles, aquele que ficar com a bola quando a música parar responderá a preposições que indiquem as concepções de céu físico do metafísico presente na obra de Dante e em algumas religiões de acordo com a exposição feita na aula e em seus conhecimentos prévios. (20 min.)    
O circulo onde será realizado as perguntas denominar-se-á céu. Quem responder as questões de forma vaga ou imprecisa vai para outro  circulo chamado de purgatório.
Parte III: Os destinados ao purgatório terão a chance de voltar ao primeiro circulo, respondendo a questões que diferenciam o céu físico do metafísico presente na obra de Dante e em algumas religiões de acordo com a exposição feita na aula e em seus conhecimentos prévios. (20 min.) 
Parte IV: Pediremos que os alunos nos falem um pouco do que acharam da aula (espécie de feedback)  e do conteúdo.

Eventualidades:
15 minutos 

Avaliação:
A avaliação será contínua, ou seja, produzida durante atividade descrita na metodologia. Os alunos deverão brincando realizar a diferenciação entre o céu físico e o metafísico presente na obra de Dante e em algumas religiões. A atividade ficará registrada por meio de fotografias e filmagens. 
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Recursos didáticos:
Bola de futebol, Piloto, quadro, caixas de som e celular. (reproduzirá a música). 

Bibliografia:
ALIGHIERI, Dante – A Divina Comédia- Inferno, Atena Editora, São Paulo, 2003.
ELIADE, Mircea; COULIANO, Ioan P. Dicionário das religiões. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
Estudos De Geografia Geral E Do Brasil. Lygia Terra Regina e Araujo Raul Borges Guimaraes. 2 ed. Moderna, 2010.