ALVES, Luís Alberto Marques. A História local como estratégia para o ensino de História. Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2001.
Mariana Santos do Nascimento
O autor Luís Alberto Marques Alves inicia seu texto
falando das discussões sobre o papel da escola no processo de formação
individual e no de integração social do aluno. Ao mesmo tempo Luís Alberto aponta
os métodos de ensino abordados na escola para essa construção.
Logo depois ele aponta
o ideal para o uso da competência, onde ela “passa a fazer referência a um
conjunto de elementos e de saberes que o indivíduo pode mobilizar para resolver
ou “encarar” uma situação com sucesso”. Tal competência deve funcionar como um “conceito
esponja”, que vai absorvendo os saberes, mostrando-se capaz de posteriormente
se integrar socialmente e manifestar mobilidade profissional que favoreça a
inserção do aluno e a disciplina trabalhada.
Outro ponto a ser
abordado vem da necessidade da formação de uma “identidade cívica” por meio da
disciplina História. O autor cita maneiras de usar a “Glocalização”
(aproveitamento da globalização para a preservação da traça identitária local),
ou seja, o uso da História local como meio de estreitar os laços entre
aluno-professor e disciplina de História, aproximando a História da realidade e
cotidiano do aluno.
Dentre os métodos a
serem citados por Luís Alberto estão alguns bem simples, como a criação de
exemplificações que liguem a História local à sala de aula, é fundamental
também encontrar espaços que possam unir e facilitar esse tipo de ensino e visão.
O artigo aborda a História local se
fundamentando e tomando por base o ensino de História em Portugal, tendo em
vista que os resultados apontados pelo mesmo são de satisfatória intervenção,
onde os jovens portugueses se viram bastante confortáveis em estudar esse tipo
de História e que de fato esse método trouxe entusiasmo e os sensibilizou para
um conjunto de valores éticos, cívicos e políticos.
Na minha concepção
dentro do cenário brasileiro tal método pode sim vir a trazer resultados tão
satisfatórios o quanto foi em Portugal. Apesar de realidades bastante
distintas, o uso da História local no Brasil, sem dúvidas pode vir a estreitar
os laços entre, alunos-professores e disciplina de História, além de trazer uma
consciência do indivíduo sobre seus valores dentro da sociedade a partir do
meio em que está inserido, facilitando a associação da História como meio
catalisador da criticidade e valores éticos, cívicos e políticos.
Recife
2015
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